Ja-bu-ti-ca-ba
/Sobre a vez em que minha sobrinha de 4 anos me ensinou uma valiosa lição: toda conversa começa num nível conceitual.
Estamos em um dia lindo e ensolarado de janeiro, no Brasil.
Eu estou trabalhando no meu laptop.
Ela está fazendo a coisa que mais gosta na vida: desenhando.
De repente, como se estivesse pensando em voz alta, ela diz: JA-BU-TI-CA-BA.
Eu viro e digo: Você quer jabuticaba?
Ela pergunta: O que é Ja-bu-ti-ca-ba?
Eu respondo: É um fruto, do tipo “berry”.
Ela olhou para mim. Abriu um sorriso. E imediatamente eu soube que uma conversa havia se estabelecido entre nós, já que ela havia entendido o conceito de “berry” (ok, o fato de ela ser fã de todo tipo de “berry” – amora / framboesa / morango – ajudou).
Sem que eu pudesse evitar, o seguinte pensamento me veio à mente: “engraçado como conceitos ajudam a transmitir uma mensagem. Independente de quem esteja do outro lado”.
Ahh, e não. Ela não queria jabuticaba. No final, ela estava mesmo apenas pensando em voz alta. ;o))