Conceito vs. Ideia

Qual a diferença entre um “conceito” e uma “ideia”?

Pegue um dicionário, qualquer dicionário, e você verá que essas palavras são sinônimos.

E são... até certo ponto.

 
 

Digo isso porque um conceito é – de fato – uma ideia.

Mas – pelo menos pra mim – é um tipo muito particular de ideia, uma vez que ela possui, em si, um senso de “FINITUDE” e de “PEREMPTORIEDADE” (olha que palavra chique?... ;o))

Fica mais fácil de entender com um exemplo.

Por exemplo, tomemos o conceito de “AMOR”.

 
 

Enquanto ideia, “amor” é o tipo de ideia fundacional.

Existe algo de definitivo nela.

É uma ideia fundamental.

 

Acho que é exatamente por isso que usamos conceitos para explicar as coisas para as crianças.

É através de conceitos, afinal, que as crianças entendem o mundo ao redor delas.

E algo de super estranho, mas também de muito lindo, acontece quando um conceito é assimilado.

  • De repente, vira um vale-tudo.

  • Não existem mais limites.

  • E toda ideia conta.

Querem ver? Imagine o conceito de “elefante”.

Uma criança que cresceu assistindo a desenhos da Disney provavelmente terá uma “ideia Dumbo” de um elefante.

Já uma criança francesa, por sua vez, provavelmente terá uma “ideia Babar de um elefante.

E claro, temos Dali, que de alguma forma, teve a “ideia Cisne” de um elefante.

 
 

Todos eles estão partindo do MESMO conceito.

Mas todos têm ideias DIFERENTES desse conceito.

 

Neste sentido, uma ideia é como água.

Ela pode ter diversas caras e assumir diferentes formas e contornos.

Porque é fluida, livre e de uma elasticidade contínua e interminável.

 

Acho que o que estou tentando dizer é que (e, de novo, isso é apenas a minha humilde opinião):

 

Uma ideia é... indefinida.

Um conceito é... definido.

 

E essa distinção faz toda a diferença, em termos criativos.

Confira o próximo post para saber por que. (uuhhhh, só no modo “cenas do próximo capítulos”, hein?… ;o))

Até breve!

PS: Ah, antes que eu esqueça: feliz 2023 a todos! É muito bom estar de volta!